Véu das Amarras
Tenho um véu aprisionado
nas correntes desta história
que me vela, tudo tolda
e sussurra uma memória...
quero usá-lo, vê-lo branco,
recriá-lo neste pranto,
arrancar, mudar, nem sei...
reformar o mal sentido
em risonho...
Neste sonho não me oponho!
Quero gozar esta página,
que se alterne em fantasia!,
ou magia...
Mais magia!
Há um canto de temores,
almas mil aparecidas...
vou jogar no nó do azar
e trazê-las já vencidas!
A viver canções, jogral,
vou sem tréguas,
já sem barras,
pelas naves da emoção
que me abrigam do real.
Sem amarras...
só deixar tocar guitarras!
Tenho um véu aprisionado
no olhar, não sei chorar.
Serro grades, colo asas,
vou p'ro longe de encantar...
trago o tempo, levo a sorte
e uma vela navegante.
Vou-me achar tão perto, agora,
que o longe nem é distante...
Que o longe não é distante!
Ana Vassalo
1995Posted 05-04-2009
Origem das Imagens: Webshots.
... longe que por vezes está tão perto....
ResponderEliminarE nós teimamos em não levantar o véu....raio de teimosia!!!
Dava uma bela canção...
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