YouTube - "ratajana"
* José Afonso - "Grândola, Vila Morena", the 2nd password-song to the revolution.
YouTube - "Do Tempo dos Sonhos"
* José Afonso - "Cantigas do Maio", do álbum com o mesmo nome - 1971.
25 de ABRIL
Serás flor do Dia até sempre.
E nesse derradeiro sopro-vida
que me encontrará com a terra
e me há-de ser só poeira
estarás lá, caminho eterno
em sangue vivo na pele,
que a Liberdade não morre:
é respiração em Vida
e há-de ser Cravo no meu coração de
adeus.
Serás o Hino Maior, Dia Branco deste
País
até ao raiar da noite em que os corpos
dos tantos que te deram a vida por
dentro da própria morte
descansem na paz do respeito cumprido
pela justiça que construiram.
E nesta praça de gente madura, com
estátuas de febre a arder, (1)
Serás, por fim, poema, com a razão
solta nas mãos, (2)
E ambos os pés na galera, a
salvo do fundo mar da espera, (3)
Pelo Sonho, que eles não sabem, e é bola
colorida entre as nossas mãos-criança, (4)
Porque há sempre esse alguém que diz
não, e canta no vento um país, (5)
Que busca quem é, o que faz aqui, quem
abandonou, ou de quem se esqueceu, (6)
Que é uma metade alegria e outra
metade ternura, nos silêncios que lhe doem, (7)
Alma jovem sem censura da História
nossa, que há-de ter enredo, (8)
A maré alta da Liberdade, que há-de
sempre passar por aqui (9)
E machado algum cortará a raiz ao
pensamento, porque ele é Livre como o vento, (10)
Até que este nosso pé de catraia se
aprenda firme ao caminhar do Mar, tão nosso... (11)
Esse, a quem Deus o perigo e o abismo
deu, mas... nele é que espelhou o céu. (12)
Porque a força e a fé nos sussurram
os tempos
que caminham algures por aí, num
futuro de acreditar,
onde um qualquer mas especial Ser
Humano,
Homem ou Mulher, bom e decente,
há-de nascer ainda, num Dia de se
cumprir Portugal.
LIVRE.
Ana Vassalo
25-Abril-2013 – 13:27
Notas (1) a (12):
Referências livres a versos conhecidos
de poemas de intervenção, feitos canção, escritos e musicados por
alguns dos muitos bravos resistentes deste maltratado País - então
como agora à deriva.
OBRIGADA para sempre a todos, “até
já” aos que, lamentavelmente, nos “abandonaram” muito cedo, e
um abraço reconhecido aos outros que, felizmente, ainda caminham por
aí para nos inspirar:
- “VEJAM BEM” - música, poema e voz de JOSÉ (ZECA) AFONSO
- “ARTE POÉTICA” - poema de HÉLIA CORREIA, música e voz de JOSÉ JORGE LETRIA
- “AI PORTUGAL, PORTUGAL” - música, poema e voz de JORGE PALMA
- “PEDRA FILOSOFAL” - poema de ANTÓNIO GEDEÃO, música e voz de MANUEL FREIRE
- “TROVA DO VENTO QUE PASSA” - poema de MANUEL ALEGRE, música de ANTÓNIO PORTUGAL, guitarra e voz de ADRIANO CORREIA DE OLIVEIRA
- “E DEPOIS DO ADEUS” - 1ª SENHA do 25 de ABRIL (seguida de “Grândola, Vila Morena” de Zeca Afonso, a 2ª SENHA) – poema de JOSÉ NIZA, música de JOSÉ CALVÁRIO, voz de PAULO DE CARVALHO
- “O AMIGO QUE EU CANTO (É PORTUGAL)” - poema de JOSÉ CARLOS ARY DOS SANTOS, música e voz de FERNANDO TORDO
- “QUEIXA DAS ALMAS JOVENS CENSURADAS” - Poema de NATÁLIA CORREIA, música e voz de JOSÉ (ZÉ) MÁRIO BRANCO
- “MARÉ ALTA” - poema, música e voz de SÉRGIO GODINHO
- “LIVRE” - poema de CARLOS DE OLIVEIRA, música e voz de MANUEL FREIRE
- “SE TU FORES VER O MAR (ROSALINDA)” - poema, música e voz de FAUSTO (BORDALO DIAS)
12. “MAR PORTUGUÊS ” - in “MENSAGEM” de FERNANDO PESSOA.
TU MINHA *IRMA-CORAGEMEM TI MESMA A BELEZA E A ESPERANCA DA ESSENCIA *LIBERDADE**********!!!
ResponderEliminarCRAVOS VERMELHOS E BRANCOS E O POEMA DE TODAS AS CANCOES QUE CLAMAM LIBERDADE/AMOR/RESPEITO/FUTURO SEM GRILHETAS E SEM MEDOS!
OBRIGADA QUERIDA!
Beijinhos.
Mana.
Obrigada eu, mana querida. Beijinho <3
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