Aleatoriamente...
se eu soubesse de orações
num ritual delicado
de mãos vazias de templo
pediria uma cadeira
de balanço pelas estrelas
para me sentar lá por perto
na brandura do silêncio
que a tarde sabe nos céus
se eu soubesse de orações
pediria um oceano
para entornar no olhar
e depois banhar no mundo
o que não é bom de ver
e fazê-lo regressar
pela porta das marés
que lava o pranto das águas
se eu soubesse de orações
cairia de joelhos
a rogar um chão de rosas
para soprar nos abismos
vida nova posta em flor
nascendo a cada pedaço
de terra suja do sangue
que o coração lhe rasgou
se eu soubesse de orações
pediria mais canção
do perdão que há nas guitarras
e um coral de anjos com asas
para emprestarem voz
às almas em desalinho
mudas de sonho e harpas
que não voam utopias
se eu soubesse de orações
pediria uma palavra
que conjugasse de bem
toda a vontade dos homens
- e num lugar de ler certo
liberdade com amar
soletrar letra e justiça
no abraço que nasceu pão
se eu soubesse de orações
com a fé das catedrais
pediria a espada força
mais o escudo que a sustenta
no afrontar dos receios
e as mãos a brotar de flores
no mar que foi roseiral
antes de ser horizonte
e o pranto que há nas guitarras
a cada espinho arrancado
nascendo de outros perfumes
de terra a sarar de dor
p’lo sangue já derrotado
e nos céus postos em escuta
no sol branco das nascentes
o grito ser já ocaso
e ser o balanço certo
no coração que se aumenta
de uma prece junto à vida
ah!...
se eu aprendesse as estrelas...
Ana Vassalo24-Agosto-2011
se eu soubesse de orações
num ritual delicado
de mãos vazias de templo
pediria uma cadeira
de balanço pelas estrelas
para me sentar lá por perto
na brandura do silêncio
que a tarde sabe nos céus
se eu soubesse de orações
pediria um oceano
para entornar no olhar
e depois banhar no mundo
o que não é bom de ver
e fazê-lo regressar
pela porta das marés
que lava o pranto das águas
se eu soubesse de orações
cairia de joelhos
a rogar um chão de rosas
para soprar nos abismos
vida nova posta em flor
nascendo a cada pedaço
de terra suja do sangue
que o coração lhe rasgou
se eu soubesse de orações
pediria mais canção
do perdão que há nas guitarras
e um coral de anjos com asas
para emprestarem voz
às almas em desalinho
mudas de sonho e harpas
que não voam utopias
se eu soubesse de orações
pediria uma palavra
que conjugasse de bem
toda a vontade dos homens
- e num lugar de ler certo
liberdade com amar
soletrar letra e justiça
no abraço que nasceu pão
se eu soubesse de orações
com a fé das catedrais
pediria a espada força
mais o escudo que a sustenta
no afrontar dos receios
e as mãos a brotar de flores
no mar que foi roseiral
antes de ser horizonte
e o pranto que há nas guitarras
a cada espinho arrancado
nascendo de outros perfumes
de terra a sarar de dor
p’lo sangue já derrotado
e nos céus postos em escuta
no sol branco das nascentes
o grito ser já ocaso
e ser o balanço certo
no coração que se aumenta
de uma prece junto à vida
ah!...
se eu aprendesse as estrelas...
Ana Vassalo24-Agosto-2011
in facebook 29-08-2011, "Poetando".
Origem das Imagens: “wordpress.com-design stars” (Google)
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