e agora... flores
falámos...
palavras a menos
num brando receio de tacto
que nos cala agora ou ontem
e para sempre se esconde
soubémos tudo do nós
que agora jaz
resto de nada
há um excesso de torpor
no embaraço das pausas
da valsa que é por dançar
mas no ouvido se intima
e o coração dispara
no intervalo da razão
falámos
muitos silêncios
de portas a querer rasgar
que logo ali se fecharam
no rosto liso do conforto
palavras de amor rascunhado
ao largo de todo o cansaço
em riste
um céu gritado e limpo
na terra omissa que somos
ora destroço
já construção
nos finais que não desistem
falámos
tu e eu
muitas palavras sem rede
de orgulho com véu de seda
e vista para a verdade
por fim o medo
agora o medo
no início o medo
temos estradas de silêncio
adiante
e o caminho
ri de nós
peregrinos...
Ana Vassalo
10-Set-2011 – 05:55Origem das Imagens: “google.cz - peregrinos”
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