"The Lady of Shallot" by J.W. Waterhouse (1888)
casa de silêncios
sou do amor que me quer
quando em viagem me agarra
p’lo sangue de um violino
a gemer terras em chama
e sou dele o vento
sopro em amor que se agita
e grava no corpo do fogo
a alma em que se despiu
por ele me denuncio
assino a renúncia de mim
e saio em demanda
e sou ave
de tropeço em atropelo
até à fusão das asas
no silêncio das nascentes
prenhes de vida
certas de rumo
que um dia se acharam cúmplices
sou sempre busca de mim
e apenas eu em deriva
pela música que me inteira
no tempo que me reconhece
e então regresso
surda de mundo
e escuto o silêncio que sou
Ana Vassalo
27-09-2011 – 23:43 Origem da Imagem: Google.
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