People's Friendship Arch - Kiev, Ucrânia
Existe um Grupo no Hi5 que, como tantos outros, reúne pessoas com algumas afinidades e que gostam de conviver. Mas este, encontrado para lá da distância, une palavras e também corações, dos dois lados do Atlântico.
Partilhamos carinho, dons, tristezas, vitórias, abraços. Alguns já nos conhecemos, outros não, porque a longa distância física dificulta o processo, mas... encontramo-nos pelos caminhos da alma e gostamos de nos saber companheiros na jornada. Que dúvidas não restem sobre isso!
A contento de todos, porque a Liberdade respira-se e a Democracia constroi-se, foi escolhido para esta comunidade de gentis-almas o nome de CORAÇÕES DO ATLÂNTICO. Os seus membros activos ofereceram-me amor no dia do meu aniversário. Quis retribuir como podia e sabia. Escrevi este poema por volta das 4 da madrugada, já as manifestações de carinho dos meus queridos companheiros de tertúlias várias iam largas e bonitas.
Quero agradecer-lhes, um a um, pela espantosa novidade que gravaram na minha vida. É que há quase 1 ano que perdi o norte à palavra SOLIDÃO. O meu dicionário privado não a recorda. Por isso, pelas noites caiadas de versos, pelo ombro emprestado, pelas manhãs de sossego e alegria, pela música mensageira dos afectos, por esse Mar dos Abraços que tudo nos aproxima, eu estou-vos grata.
Alice Pedro, Anna Clara, Carlos Costa, Cristina Bastos, Mari Baltazar, Marisa Guia, Milton Lourenço, San Padovani, Susana Azevedo, Teresa Nicolau e Vítor Pereira - veteranos, temporariamente ausentes, recém-chegados, recém-regressados, amigos pessoais, Brasileiros, Portugueses, mas todos reunidos, hoje e aqui, que o presente é agora e as horas não sobram.
Beijos mil, queridos Amigos!!!
ÁGUAS DE AMIGO
Eu sei… de um certo rio…
Do amor o tempo,
O espaço imenso,
A mão fechada
na mão que abriga,
Do riso aberto
- janela do encontro…
A palavra desenhada
no futuro que se crê
E a distância sem tamanho…
porque saiu da lonjura!
Eu sei…
Tantas, mas tantas Histórias
do sol e de branco, aqui…
Cantares do mundo inquieto
em sossegos emprestados,
Da folha breve de outono
que afinal estiou em flor,
Horizontes já perdidos
que a ternura nos fez perto
E o meu mar largo de instantes
em praias outras achado…
E sei muitas coisas de saber!
Da palavra que se entrega
pelas noites apagadas
tornando mais branca a luz
no olhar da alvorada…
Sei do ombro que ameniza
o frio cárcere de outro peito,
sussurro amigo da vida
que o medo nos afugenta.
Sei sim,
sei o que sei! …
E muito mais que essa tela
desenhada nos meus dias,
Neves e fragas que venço
nos versos que me defendem,
Mais esse mar acordado
onde me escondo de sonhos
E a canção que interrompi
mas ‘inda grito, baixinho,
SEI!!!,
Que amigo é muito mais estrada
pelas rotas da conquista,
Regresso ao centro da vida
onde já foi só final
E a aventura de um sorriso
no trilho que era do pó!
Amigo é prólogo… e arranque,
É caminho!
É asa voada no chão da subida
e é o olhar encantado
na luz que outrora cegámos!
É um castro, a fortaleza!
E é construção em processo
num estado-maior general
onde nascem os começos!!!
Amigo?
Amigo é …
o rosto nosso em imagem…
nas águas de um rio Melhor!
Ana Vassalo
20-Janeiro-2010 – 04:29
Origem das imagens: site webshots.
E pronto...que mania que tu tens de me deixar com a lagrimita,não? mas vá lá que é das boas,eheh
ResponderEliminarObrigada eu,pela amizade,pelo carinho...