o gosto estéril da morte adiada
sobe aos lábios o toque em sombras
de um resto de vida gasta de oceanos
desidrato do sonho
aridez da terra
deserto de cinzas no beijo dos ventos
e no entanto
o pó aprende
e segue por aí
toda a memória dos caminhos de água.
e continua
nos dias feitos de sede
correndo pela chuva que um dia será.
até ao rebate dos sinos
há-de ser continuação.
num gosto ardido de lábios gretados
provando o sol que habita a sombra.
numa teimosia de mares.
Ana Vassalo
19-Ago-2013 - 19:18
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