Gosto que me leiam sem desvirtuar. Que me entendam no que sou, não no reflexo Outro em mim. Gosto de mundos reais, da palavra que nasce honesta – delicada mas directamente.
Percebo muito, acuso pouco – gosto da paz, é suave. Permanecer pode não passar de uma virtualidade - delicada. Porque é na alma que esse seu toque, o delicado, nos atinge. E eu não quero trocar a minha por uns patacos de ego montado em guerra fria. São os muros de agressão quem esconde os céus e arrebanha a luz. Edificam-se fronteiras para a escuridão dos mundos.
Eu, gosto de canela, gengibre, café forte, de manjericão. De lugares antigos, de roubar mundos crescidos, de “polis”: índias, arábias e chinas ancestrais, que tudo emprestaram a grécias e romas. E sobretudo gosto de demandar etiópias, terras de longe e segredo, para descobrir mais. Gosto do conhecer: do simples que há em saber.
Mas lá, distante ou perto, aqui, “delicado” será sempre uma palavra de toque, de pele e alma, o desenho suave de cada letra com música: de porcelana, sedas e chá.
O resto é saída.
Ana Vassalo
on facebook in Jan-08-2014
DAMIEN RICE - DELICATE
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