[ Aos Amigos, a Palavra – I ]
Os meus amigos pessoais que escrevem e cuja escrita me agarra e prende por coração e razão soam diferente, e não por acaso: é que eles próprios o são. Quando "diferente" quer dizer boas notícias para o mundo. Porque são especiais. E assim é a palavra que os liberta.
José F.Vicente,
n. Serpa – Beja
(Alentejo)– Jan-195x;
v. Olhão – Faro.
Todos os dias são véspera de
partires,
partida para os que te abrem as portas para paisagens sem ruínas.
Queres ir só...
Conhecer o mundo independente de nós
como se a alteração que sofreram as nossas mãos
ao deixarem de estar entrelaçadas
fizesse de mim o finito
mais perto da entrada do nada
que foi tornarmo-nos testemunhas do clandestino.
Ah! Fiz de mim
o caminho que já te é alheio,
a viagem da alegria em queda,
o amor a odiar-me a existência,
a vida a ir contigo uns passos atrás,
inoportuna e ridícula com o que fiz de nós.
Aqui fico, com as mãos sublevadas
a inventar adeuses como espadas esperando por bainhas
que terão o teu nome gravado.
Ah! Como anseio aninhar-me nelas
e em riste esgrimir o passado sem este véu nos olhos.
partida para os que te abrem as portas para paisagens sem ruínas.
Queres ir só...
Conhecer o mundo independente de nós
como se a alteração que sofreram as nossas mãos
ao deixarem de estar entrelaçadas
fizesse de mim o finito
mais perto da entrada do nada
que foi tornarmo-nos testemunhas do clandestino.
Ah! Fiz de mim
o caminho que já te é alheio,
a viagem da alegria em queda,
o amor a odiar-me a existência,
a vida a ir contigo uns passos atrás,
inoportuna e ridícula com o que fiz de nós.
Aqui fico, com as mãos sublevadas
a inventar adeuses como espadas esperando por bainhas
que terão o teu nome gravado.
Ah! Como anseio aninhar-me nelas
e em riste esgrimir o passado sem este véu nos olhos.
- Separation, arte de Anca Sandu
José F. Vicente
Posted by Ana
Vassalo
Jan-03-2014
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